É inevitável que, independente da carreira na área de tecnologia que você tenha escolhido percorrer, você vá ouvir falar de APIs. Conhecer bem o conceito de API, como elas funcionam, os tipos e as possibilidades de aplicação pode te ajudar bastante em diversas ocasiões. É sobre APIs que vamos falar hoje!
O que é uma API?
Uma API, muitas vezes também chamada de microsserviço, é um trecho de código que executa alguma tarefa e que se conecta com outros computadores pela internet. Para deixar mais claro esse conceito, vamos a um exemplo:
Pense em um trecho de código que execute o cálculo de uma equação de segundo grau. O ponto que define que um código com essa função é uma API é: esse código é capaz de receber dados por meio da web (nesse caso poderia por exemplo receber os valores de cada variável da equação) e após feito o processamento, retorna o resultado da equação para o solicitante também pela web.
Se um código é capaz de realizar essa "conversa" entre uma máquina que faz uma requisição e outra que retorna um valor a partir disso, podemos definir esse código como uma API.
De fato o momento em que se começa a trabalhar com APIs muitas vezes é um momento de bastante euforia na vida de quem gosta de desenvolvimento de software principalmente na parte do backend. A possibilidade de se conectar com APIs do mundo todo, que executam as mais diferentes operações e estão disponíveis ao seu acesso de maneira relativamente fácil é algo que dificilmente passa batido. A primeira requisição bem sucedida a gente nunca esquece!
Exemplo prático de aplicação de uma API:
API para consulta de CRM (Conselho Regional de Medicina).
CRM nada mais é do que um cadastro que todos os médico do Brasil precisam ter para poderem atuar legalmente em seu oficio. Essa API é mantida oficialmente pelo Conselho Federal de Medicina e a partir de dois simples atributos é possível receber um retorno sobre a validade do cadastro de qualquer médico no Brasil.
Para isso, deve ser feita uma consulta a esta API enviando os seguintes dados: UF e número de CRM (O número de cadastro de CRM é único dentro das UFs). E o retorno dessa API são os dados referentes ao médico correspondente a esta busca. Dados como: situação cadastral, UFs em que possui registro, data do cadastro, entre outras informações relevantes por exemplo quando se precisa validar muitas vezes cadastros de médicos.
Imagine uma grande empresa com 10 mil funcionários em suas diversas unidades. Imagine quantos atestados diferentes tem de ser validados durante um ano e o tanto de tempo que demanda fazer essa consulta manualmente no site do CFM onde é necessário colocar manualmente o cadastro do médico, o nome, UF, cidade, etc.
Por meio dessa API é possível que essa verificação seja feita automaticamente, poupando muito tempo e diminuindo também a possibilidade de erros de digitação entre outros. Ou seja, agrega-se valor ao poupar tempo.
Como é feita essa conversa entre diferentes computadores pela web?
A ideia neste post é dar uma visão mais conceitual desse processo. Deste modo tempos a seguinte estrutura:
1 - Um código hospedado em algum servidor que espera receber uma requisição de dados. No caso da API de consulta de CRM o código espera o cadastro de CRM e a UF. Mas podemos ter código que esperam apenas a requisição, sem nenhum parâmetro: pense em uma API que retorna o preço do dólar em tempo real, ela não depende de nenhum dado que você envie para funcionar, deste modo é possível ser feita uma requisição sem passar atributos.
2 - Um código que faz a requisição. Assim como tempos APIs que esperam que algum parâmetro seja passado quando feita uma requisição e outras que não. Tempos código que fazem requisições mandando parâmetros e outros que não, a depender da API que esão consultado.
Então você pode se perguntar:
"Nossa, mas não da problema isso? Como que um computador requisita as coisas e o outro entende? É só mandar as variáveis que o computador onde está hospedada a API espera como eu quiser que ele vai retornar tudo certo?
Na verdade, existem algumas maneiras de garantir que esses dois códigos se entendam. Uma delas é o JSON.
JSON ou JavaScript Object Notation nada mais é do que uma maneira de escrever os dados. No caso de utilização do JSON, teremos um código esperando dados em JSON e, deste modo, o código que irá fazer uma requisição deverá enviar os parâmetros em JSON também. Afinal, é um JSON que esta sendo esperado.
Não existe apenas o JSON no mercado. Existem outras maneiras diferentes de fazer a comunicação via web entre duas máquinas tais como XML e YAML, entretanto, JSON é uma das mais utilizadas juntamente com o XML, tanto pela praticidade da notação quando por causa de questões de performance.
Mas isso está disponível em qualquer linguagem de programação?
Não garanto que em 100% das linguagens de programação do mundo. Mas se essa linguagem já tem mais de 50 pessoas codando nela, muito provavelmente ela já possui alguma biblioteca que possibilita esse tipo de operação. Brincadeiras a parte, sim, Java, Python, PHP, e todas as outras principais linguagens do mercado. É por meio de requisições web que é feita a conexão de uma aplicação com o mundo, deste modo, é algo mais que fundamental.
Deste modo, provavelmente pouca coisa te impede de começar a se aventurar fazendo requisições a APIs e conectando seus códigos com o mundo.
Espero ter ajudado você a entender um pouco melhor o conceito de API. Compartilhe suas experiências conosco nas nossas redes sociais! Até a próxima!
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